terça-feira, 12 de março de 2013

[Filme] O Clube do Imperador

Atenção!! Essa resenha contém spoilers!!!
Tem filmes que são antigos, mas que são bem atuais!!! No domingo vi um filme, indicado por minha professora de faculdade para um trabalho, que é bastante bonito, instigante e cheio de reflexões.Com uma fotografia que abusa de filtros amarelo-esverdeados, O clube do Imperador, lançado em 2002, nos EUA e dirigido por Michael Hoffman, conta a história de Willian Hundert (Kevin Kline que dá um show de interpretação, digna de mais um Oscar), professor da escola St. Benedict's, uma escola preparatória de rapazes, que recebe alunos da alta sociedade norte-americana.


Hundert é o cara que acredita nos princípios e valores. Em suas aulas, ele tenta moldar a personalidades de seus alunos a partir de exemplos virtuosos de importantes eventos históricos e estudando filósofos gregos e romanos. Esse seu caminho de trabalho é 'perturbado' com a chegada do trapaceiro Sedgwick Bell (Emile Hirsch), garoto que não acredita nessas teorias dele e é filho de um senador sem escrúpulos.


Isso faz com que o professor Hundert se dê a tarefa de tentar instigar em Sedgwick os valores morais que ele acredita e, para estimulá-lo, altera a nota desse aluno para que ele participe da final do Clube do Imperador que o concurso Senhor Julio Cesar. Infelizmente, Sedgwick trapaceia e cola. A partir daí o momento de trégua que os dois tiveram, cessa. Sedgwick entra em Yale devido a influência do pai. 


25 anos após a formatura na escola, Sedgwick resolve fazer uma revanche da final do concurso Senhor Julio Cesar, em sua mansão. Para decepção do professor, mais uma vez, Sedgwick trapaceia. Isso o deixa triste e perplexo e ele começa a acreditar que foi erro dele  não conseguir mudar o mau cartismo do garoto/homem.


O Clube do Imperador é aquele típico filme inesquecível, emocionante e com uma história edificante e poderosa sobre a honra e a integridade. Ele nos conta que o mais importante na vida é o caráter, pois este molda o nosso destino e nos mostra, também, a difícil tarefa do professor em sensibilizar os alunos quanto a isso e que é mais difícil, ainda, quando a escola não encontra apoio e ajuda da família (caso de Sedgwick que tinha como modelo um pai sem escrúpulos). O caráter e a personalidade das pessoas são capitais sociais forjados na trajetória de vida dos sujeitos e, no decorrer da vida, os meios podem interferir, porém, nem sempre podemos garantir que se possa atingir aquilo que almejamos com nossas convicções pedagógicas.


O filme nos faz refletir e ter diversos questionamentos: 
Afinal, vivemos um determinismo, onde o homem nasce bom e o convívio social o corrompe? Ele conviveu com um professor que o tentou moldar e, no entanto, ele preferiu seguir outros tipos de caminho. No fim, ele sempre foi o que tinha sido. 
Ou ele simplesmente nasce mal e a sociedade não tem poder nenhum de influência sobre ele? A sociedade influencia, pois apesar de o convívio com o bom professor não o ter melhorado, ele seguiu o modelo do pai, ou seja, na sociedade, o pai o influenciou. Afinal, o caráter não é inato, mas adquirido quando a pessoa tem sonhos e desejos e sabe que tem um preço a pagar para consegui-los


Não se muda/molda o caráter de ninguém. O homem é fruto de suas escolhas. E se as escolhas interferem no caráter e este no destino... O homem é o senhor do seu destino. E a educação transforma quando o sujeito permite.

Trecho do filme: “O valor de uma vida não é definido pelo fracasso ou sucesso solitário. Por mais que tropecemos, o dever de um professor é esperar que o ensino mude o caráter de um menino e, assim, o destino de um homem.”

"A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre” (Aristófanes)

4 comentários

  1. Oláááá
    Nunca tinha ouvido falar mas parece bem interessante!

    Bjooos

    muitospedacinhosdemim.blogspot.com.br

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  2. Muito bom esse filme. Realmente vale a pena assistir. =D

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  3. @It girls Aiii, que bom q vc (uma pessoa, além de mim, que assistiu) comentou. Muito bom né? Beijo

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