sexta-feira, 5 de abril de 2013

Minha janela e o ciclo vicioso

Eu achava que andava pelo mundo prestando atenção em cores, humores e sabores... Andar e observar o mundo é maravilhoso. Mas descobri que de minha casa, também, posso realizar tal atividade de forma bastante relevante, simplória, mas instigante. Posso ob-ser-var (amo observar), inclusive e também, do lugar de onde estudo ou de onde trabalho (se eu trabalhasse, claro! :/), da casa das amigas de qualquer lugar do mundo posso observar o mundo.

O mundo... Esse mundo.. Nosso mundo que ao mesmo tempo me faz vibrar de alegria de poder ver, ouvir e sentir tudo o que há para descobrir é o nosso mesmo mundo que me faz desacreditar e desacreditar e me esquivar... E repito, não preciso andar pelo mundo para presenciar e vivenciar esse mix de emoções... Só preciso abrir a janela e olhar por ela... 

Foto: @fulaniow (instagram)
Pela janela do quarto, do carro, da sala, do ônibus, da faculdade eu vejo a natureza me dizer que amanhã será um novo dia e, a cada amanhecer, que a boa nova já chegou. E ela está lá! No seu lugar todos os dias.. O mar indo e vindo todos os dias, as folhas caindo, as frutas nascendo, o arco-íris colorindo meu dia, o sol surgindo e se pondo... É pela janela que observo a correria diária das pessoas... 

As pessoas que se batem e andam nos mesmos lugares e nos mesmos horários todos os dias, mas não se conhecem, não se falam, são estranhos.. Todos com pressa e todos sem pressa... É a globalização, o capitalismo, tempo é dinheiro... É nesse instante (de abrir a janela) que vejo o casal lindo e fofo de idosos se ajudando a caminhar na rua ou até mesmo a dirigir um carro, vejo umas amigas conversando dos seus problemas amorosos, os homens admirarem os carrões que passam e os "aviões" que desfilam... 

Vejo os grafites tão artísticos e inteligentes nos muros da cidade, o estresse explanado através das buzinas, a chuva limpar a cidade... É vejo tudo da minha janela... Vejo, inclusive, aqueles moradores de rua? Como morar na rua? Existe lugar fixo na rua? Quem é dono da rua? E vejo, também, a invisibilidade dos moradores de rua... Quase ninguém os enxerga... Eu vejo tudo isso também... Eu gosto de opostos! É... A janela me mostra que a vida é um ciclo e que ele pode ser vicioso. Nessa hora, é preciso cuidado com o futuro da humanidade!


Esse texto faz parte do Projeto Ortografar
Tema do mês: janela
Vamos ver o que as outras meninas escreveram?
Carolina Oliveira - Sociedade de Garota
Jaqueline Almeida - Cada Lágrima
Julia Cavalcante - Apesar de Você
Michelle Oliveira- Entre sujeitos e versos


4 comentários

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Maira Gall